Yuuko 2

Chegando já em um bairro bastante afastado do centro da cidade comecei a ver que as residências eram de alto valor comercial, por serem grandes e bem estruturadas, o contrario do que eu pensava. Jurava que essa Yuuko morava em uma casa pobre e que esse seria o fator agravante para sua tentativa de suicídio.

Parando em frente a uma casa luxuosa, olhei mais uma vez para o papel o qual constatava o endereço da garota, e confirmei que era ali mesmo onde ela morava.
Sem nenhum receio e já acostumado com esse tipo de trabalho, de ir para casas desconhecidas e perguntar sobre os mais diversos assuntos. Toquei o interfone e uma voz feminina aparentando ser de uma criança começou a falar comigo.

Shiro: Olá, sou Shiro Sawada do jornal central. Gostaria de conversar com a mãe ou pai da Yuuko sobre uma possível reportagem no nosso jornal.
Criança: Oi, o pai e a mãe não estão em casa. E eu também não quero falar com ninguém! Não vou deixar você entrar pois eles disseram para não abrir a porta para estranhos.

Shiro: E que horas eles irão voltar?
Criança: Não sei, e nem quero saber! TCHAUU!!

A criança desligou o interfone na minha cara? Que piada, vou voltar aqui de noite, pois algum adulto deve vir fazer a comida pelo menos. Ou sei lá, hoje em dia tem pais que viajam e deixam os filhos sozinhos, não estou surpreso. Por isso vou adiantar meu trabalho e ir falar com os vizinhos dessa casa.

Yuuko 1

"Quando o dia nasce e o sol vira a admiração das pessoas, eu sempre peço que seja um dia ensolarado e muito claro. Tão claro que meus olhos poção conseguir enxergar."
Yuuko.

Quando realmente conheci Yuuko para fazer minha matéria semanal no jornal, eu pensei que aquela garota seria apenas mais uma celebridade o qual em pouco tempo se tornaria parte do anonimato e seria esquecida por todos. Seria apenas mais uma tentativa de mostrar que existe pessoas boas nesse mundo, mas que ninguém consegue admirar por inveja e medo de se sentir inferior.

Inferioridade não existe! Claro que demorei anos para conseguir fazer essa informação se tornar parte da minha personalidade, e quando consegui fazer dela uma parte da minha filosofia diária, eu percebi o quanto eu me machucava e perdia tempo preso nesse jogo onde ou você é superior há alguém, ou simplesmente é inferior. Sendo a superioridade como a mais comum entre as pessoas, pois quem gosta de se sentir inferior? Apenas os depressivos, masoquistas e outros fanáticos aleatórios.
Mas ultimamente a inferioridade esta ganhando espaço no pensamento das pessoas, muito espaço mesmo! E o grande nome que médicos e psicólogos botaram: Depressão.

O tempo todo esse tema é usado durante as noticias diárias, e mesmo quando não é claramente declarado como depressão, nosso cérebro automaticamente declara-o. É algo totalmente inconsciente, é o tempo todo batendo e batendo sobre essa tecla. Claro que afirmo isso diante da população civilizada e com informações o tempo todo entrando em suas cabeças.

Se for pensar bem, a maioria das pessoas que afirmam ter depressão realmente não tem. Pois depressão se tornou uma palavra que é usada em todas ocasiões, seja na faculdade, emprego, e principalmente em Casa. Uma palavra que perdeu seu sentido original. Pois depressão é algo muito maior do que brigar com o namorado e ficar triste por um tempo, ou perder um familiar, perder o emprego. NÃO! Depressão é ficar deprimido principalmente por... como posso falar....ah sim! Ficar deprimido sem nenhum motivo! Principalmente sem nenhum motivo aparente, e é isso o principal da doença.

Certo dia eu recebi uma oportunidade de uma nova matéria para o meu jornal, naquele pequeno material que meu chefe disponibilizou constatava sobre uma garota que tentara suicídio e que era cega ou uma dita deficiente visual. Eu pensei que era mais uma besteira de adolescentes pois ela tinha apenas 17 anos, mesmo assim, por ser meu emprego, eu fui ate a casa dessa pessoa.

Não fazia ideia que seria essa Yuuko, aquela que me faria ver oque realmente é depressão e como eu faria para curar a minha própria depressão.